terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

GUGA CONFESSA QUE A COPA DO MUNDO NÃO VAI TRAZER BENEFÍCIOS AO BRASIL E NÃO ECONOMIZA ELOGIOS PARA NADAL

Gustavo Kuerten, o ex-número 1 do mundo, não compareceu ao Rio Open apenas para acompanhar o torneio, dar entrevistas e distribuir sorrisos. De acordo com a Revista Tênis, Guga disse que a organização do torneio deve ouvir as críticas dos jogadores para que seja possível melhorar ainda mais o espetáculo. Além disso, o ex-número 1 do mundo comentou sobre outra grande competição para o Brasil neste ano: A Copa do Mundo de futebol. 

Segundo Guga, o evento não vai ajudar a esconder os problemas que o país vive no dia a dia. "Vergonha não vai ser. O que pode acontecer é aparecer toda a realidade que é o país ainda. A gente sofre de dificuldades desde o básico. A Copa vai ser em dois meses, tem um potencial de contagiar as pessoas, e vai terminar. É claro que os estrangeiros vão adorar. Mas, para nós, será ruim. Vai ficar aquela promessa de mudança, os benefícios... Mas, na prática, não é assim", comentou Guga, tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001) para a Revista Tênis.

Guga também lembrou sobre a incompetência dos políticos em priorizar grandes eventos ao invés dos problemas mais importantes que atingem a população brasileira. Isso, sem contar as promessas dos dirigentes que raramente são cumpridas à risca. "O governo, de certa forma, assume compromisso com todos, com o povo, e infelizmente não cumpre essas promessas. E vemos um esforço sobre-humano para cumprir os compromissos com a FIFA. Isso causa um transtorno, um grau de insatisfação popular muito grande", encerrou Kuerten em entrevista para a Revista.

Divulgação/Rio Open
Gustavo Kuerten também comentou sobre as impressões tidas das quadras do complexo montado no Jockey Club na semana passada, e defendeu que os tenistas exponham suas opiniões para a melhoria do torneio. “O (David) Ferrer me comentou que a quadra está com muito pó no fundo, mas acho válidas essas opiniões dos tenistas. Vejo que as requisições estão num padrão bem abaixo do que estamos acostumados no dia-a-dia. É simples, cuida da quadra aqui e ali. O torneio tende a ser muito bem visto pelos jogadores. O Rio por si só é atraente e agora é fazer o dever de casa”, acrescentou em entrevista para a Fox Sports.

Para o ex-número 1 do mundo, o favorito, sem dúvidas, é Rafael Nadal, atual líder do ranking da ATP e que, no ano passado, faturou o octacampeonato de Roland Garros, principal torneio de saibro do planeta. Guga, que foi tri em solo francês, não economizou elogios para o Touro Miúra. 

“O que eu vi o Nadal fazer no ano passado é um exemplo de primeira categoria. Nunca vi algo parecido, nesse tipo de performance. O Nadal tem uma evolução que a gente não consegue compreender, é impressionante. A gente tem que sugar o máximo possível dele. É uma oportunidade única, que a gente não sabe quando vai voltar a acontecer”, disse.

Com informações da Revista Tênis e da Fox Sports

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